Como proprietária
de duas pastores alemães não tem como não me preocupar com essa terrível doença
mas, nunca me preocupei em saber a fundo sobre ela , então decidi me informar
junto com vocês, tentarei colocar tópicos resumindo os principais pontos para sabermos
como acontece o porque, como tratar, se existe algum tratamento homeopático,
tentarei deixar o mais completo possível, então vamos lá
O que é
displasia coxofemoral : A displasia
coxofemoral canina é uma afecção ortopédica (qualquer alteração patológica
do corpo) freqüente, comumente dolorosa, decorrente de instabilidade e que leva a doença articular degenerativa (
SELMI at AL,2009)
Esse foi
o termo mais técnico que encontrei, pois acho importantíssimo passar a
informação o mais correta que encontrar mas se eu estivesse passando por essa
terrível doença com as minhas meninas não ficaria satisfeita com essa explicação
pois é totalmente impessoal e técnica ,
mesmo estando correta não me responde as duvidas pois essa linguagem não é de
meu uso comum , então tentarei explicar de forma simplificada com linguagem
mais comum, vamos lá
A displasia
coxofemoral ocorre quando há uma alteração na articulação do quadril com o acetábulo
(depressão da pélvis onde se encaixa o fêmur), traduzindo o fêmur não se
encaixa corretamente na cavidade do acetábulo, causando desconforto.
Bom pessoal
eu sei que é muitos termos, mas com um pouco de trabalho e paciência vamos
entender cada detalhe, vou colocar agora a anatomia completa do quadril com
imagem de ilustração pois, assim vamos saber os nomes técnicos o que são e onde
se localizam.
QUADRIL
É uma articulação do tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e a
cavidade do acetábulo.
Os ligamentos que formam essa articulação são:
Cápsula Articular – A cápsula
articular é forte e espessa e envolve toda a articulação coxo-femoral. É mais
espessa nas regiões proximal e anterior da articulação, onde se requer maior
resistência. Posteriormente e distalmente é delgada e frouxa.
Ligamento Iliofemoral – É um feixe bastante resistente, situado anteriormente à articulação.
Está intimamente unido à cápsula e serve para reforçá-la.
Ligamento Pubofemoral – Insere-se na crista obturatória e no ramo superior da pube;
distalmente, funde-se com a cápsula e com a face profunda do feixe vertical do
ligamento iliofemoral.
Ligamento Isquiofemoral – Consiste de um feixe triangular de fibras resistentes, que nasce no
ísquio distal e posteriormente ao acetábulo e funde-se com as fibras circulares
da cápsula.
Ligamento da Cabeça do Fêmur – É um feixe triangular, um tanto achatado, inserindo-se no ápice da
fóvea da cabeça do fêmur e na incisura da cavidade do acetábulo. Tem pequena
função como ligamento e algumas vezes está ausente.
Orla Acetabular – É uma orla
fibrocartilagínea inserida na margem do acetábulo, tornando assim mais profunda
essa cavidade. Ao mesmo tempo protege e nivela as desigualdades de sua
superfície, formando assim um círculo completo que circunda a cabeça do fêmur e
auxilia na contenção desta em seu lugar.
Ligamento Transverso do Acetábulo – É uma parte da orla acetabular, diferindo dessa por não ter fibras
cartilagíneas entre suas fibras. Consiste em fortes fibras achatadas que cruzam
a incisura acetabular.
(Fonte)
VISTA
ANTERIOR DAS ESTRUTURAS ARTICULARES DO QUADRIL
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Imagem do Google |
Fonte:
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
VISTA
POSTERIOR DAS ESTRUTURAS ARTICULARES DO QUADRIL
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Imagem do Google |
Fonte:
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000
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Imagem do Google |
ESTRUTURAS
ARTICULARES DO QUADRIL
Fonte:
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Após
essa aula de anatomia conseguimos nos localizar sobre as estruturas do quadril
e não ficaremos tão perdidos quando algum nome aparecer, será somente voltar
nas imagens e nos localizar.
Simplificando
agora: A
displasia nada mais é do que a má coaptação entre o acetábulo, que é estrutura
que conecta a cabeça do fêmur com a pélvis dos cães, e a cabeça do fêmur
Caracterizada,radiograficamente
pelo arrasamento do acetábulo ,
achatamento da cabeça do fêmur, subluxação ou luxação coxofemoral e alterações
secundarias da articulação ( LUST 1997,apud TORRES 1999)
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Imagem do Google |
Os animais
acometidos apresentam dor e dificuldade ou incapacidade total de locomoção
(BRANCO, 2001)
Por que
ocorre a doença?: O principal culpado por assim dizer é o fator genético,
ai você me pergunta o que isso quer dizer exatamente então vamos explicar
1- Fator genético : Os fatores
genéticos são aqueles passados dos genitores para os seus descendentes e são
chamados de hereditários, como, por exemplo, a polidactilia, enquanto que os
genéticos cromossômicos resultam de uma anomalia na estrutura de um cromossomo da espécie,
como, por exemplo, a síndrome de Down.
(Fonte)
Aprendemos com isso que sempre que adquirir
um animal, principalmente se for de media a grande porte ter certeza que os
pais não possuam a doença , mas se já adquiriu seu animal assim com eu não
entre em pânico acompanhe seu cão, sempre o leve na consulta anual ao vet .
2)Fatores
externos: Os fatores ambientais também podem causar a displasia
coxofemoral. Cães que engordam muito rápido, às vezes em fase de crescimento,
alguns fatores nutricionais como excesso ou falta de nutrientes, problemas
musculares na região lombar, lesões pélvicas ou lesões por esforços causados
por movimentos repetitivos, excesso de exercícios físicos, principalmente, mas
não limitado a animais mais jovens que ainda não completaram todo seu
desenvolvimento físico. E até mesmo possíveis acidentes como um tombo de uma
escada ou até mesmo algo aparentemente mais leve.
(Fonte)
3) Papel da alimentação na displasia coxofemoral
(fator não genético): causadas por erro alimentar são confundidas com a DCF, como a
osteocondrose dissecante, mas é necessário fazer um diagnóstico diferencial.
A principal preocupação no caso de doenças mioesquelética em raças de crescimento explosivo é a Energia e não a proteína. Excesso de energia é fatal na aceleração das doenças. Isto porque o animal inverte o crescimento tecidual. O tecido muscular se desenvolve em uma velocidade superior ao tecido ósseo (quando o normal é exatamente ao contrário). Como estratégia compensatória o tecido ósseo se arqueia (síndrome do rádio curvo) para agüentar a sustentação. Neste ponto entram os outros dois nutrientes deletérios: o cálcio e a vitamina D. Se o organismo dispõem de quantidade excessivas de Cálcio e vitamina D, ele tentara compensar o peso muscular calcificando precocemente as articulações e acelerando o fechamento das epífises. Como esta calcificação é imatura ocorrerá microfissuras ósseas que agravaram em uma osteocondrose dissecante ou descolamento da cabeça do fêmur (em casos de DCF, por exemplo). A vitamina C influencia este processo pois melhora a saúde da cartilagem, principalmente na síntese de proteoglicanos qué é o principal constituinte da cartilagem.
A principal preocupação no caso de doenças mioesquelética em raças de crescimento explosivo é a Energia e não a proteína. Excesso de energia é fatal na aceleração das doenças. Isto porque o animal inverte o crescimento tecidual. O tecido muscular se desenvolve em uma velocidade superior ao tecido ósseo (quando o normal é exatamente ao contrário). Como estratégia compensatória o tecido ósseo se arqueia (síndrome do rádio curvo) para agüentar a sustentação. Neste ponto entram os outros dois nutrientes deletérios: o cálcio e a vitamina D. Se o organismo dispõem de quantidade excessivas de Cálcio e vitamina D, ele tentara compensar o peso muscular calcificando precocemente as articulações e acelerando o fechamento das epífises. Como esta calcificação é imatura ocorrerá microfissuras ósseas que agravaram em uma osteocondrose dissecante ou descolamento da cabeça do fêmur (em casos de DCF, por exemplo). A vitamina C influencia este processo pois melhora a saúde da cartilagem, principalmente na síntese de proteoglicanos qué é o principal constituinte da cartilagem.
Flávia Maria de Oliveira
Borges Saad
Profa Adjunta Nutrição de Cães e Gatos
Professora Orientadora do NENAC- DZO
Universidade Federal de Lavras – UFLA
Profa Adjunta Nutrição de Cães e Gatos
Professora Orientadora do NENAC- DZO
Universidade Federal de Lavras – UFLA
Principais raças acometidas: Como podemos ver até agora raças de grande porte, médio
são as principais acometidas pela doença pois tem um crescimento acelerado.BRANCO,2011 cita em sua obra o aparecimento da doença em um cão da raça Lhasa Apso, isso
nos leva a concluir que todos os cães estão sujeitos e que precisamos sempre
estar atentos.
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Imagem do Google |
Principais sintomas : É muito difícil que cães jovens apresentem sintomas de
displasia coxofemoral. Quando isto ocorre, no entanto, os sinais são bastante
agudos: filhotes com menos de um ano de vida acometidos deste mal diminuem
drasticamente o nível de atividade, apresentam sinais de dificuldade de
locomoção e podem ter o desenvolvimento físico prejudicado (não apenas com
relação à redução do porte esperado para a raça, mas inclusive desenvolvendo
algumas deformidades).
Os cães adultos e idosos demonstram condições crônicas,
determinadas pelo tempo: dificuldade no andar e correr e atrofia muscular
(redução do volume dos músculos no quadril e baixo ventre determinada pela inatividade).
Até mesmo a cintura escapular (região onde se conectam os
membros anteriores) é prejudicada pela displasia coxofemoral, uma vez que os
ombros pernas dianteiras são comprometidos pelo excesso de peso transmitido
para a área frontal, em uma tentativa de compensação dos membros posteriores e
alívio das dores e desconfortos.
Como diagnosticar
Exame clínico: baseia-se na observação do animal em
estação, caminhando e trotando, na constatação de aumentos de volumes e
assimetrias e na busca da presença da dor, crepitação e amplitude do movimento
articular, maior na fase aguda e menor na crônica, já nesta última
intensificam-se as alterações articulares degenerativas, tomando lugar a
fibrose capsular e muscular circundante. Os sinais Ortolani e Bardens devem ser
explorados em cães jovens, anestesiados e colocados em decúbito lateral. Para
para o sinal de Ortolani,posicione o fêmur superior perpendicularmente ao eixo longitudinal
da pelve e paralelamente à superfície da mesa de exame. Coloque a palma de uma
das mãos sobre a articulação coxofemoral sob avaliação e com a outra segure
firmemente a articulação fêmoro-tíbio-patelar correspondente, pressionando o
fêmur contra o seu acetábulo. Quando esta pressão é exercida, a cabeça femoral
da articulação displásica subluxa dorso-lateralmente. Mantenha esta pressão e
abduza ao máximo o fêmur. Durante esta manobra você sentirá a cabeça do fêmur
retornará a sua cavidade acetabular, algumas vezes emitindo um som audível
semelhante a um "clunk ". O retorno com ou sem som é achado clínico
que corresponde a um sinal Ortolani positivo, vindo a confirmar a presença de
frouxidão articular. Para o sinal de Bardens,indicado para animais mais leves e com menos de três
meses de idade, segure o fêmur superior com uma mão e posicione a outra com o
polegar na tuberosidade isquiática, o indicador sobre o trocanter maior e o
dedo médio na tuberosidade sacral. Abduza o fêmur paralelamente à mesa de
exame. O deslocamento lateral do trocanter maior, além do compatível, percebido
pelo indicador, revela frouxidão articular.
(Fonte)
Diagnóstico
é definitivo: através do exame radiográfico, mediante
posicionamento correto do paciente e imagens de qualidade. O posicionamento
normalmente é alcançado através da anestesia geral, já que estamos frente a uma
patologia muitas vezes dolorosa e de raças geralmente grandes. A associação
farmacológica da tiletamina e zolazepam proporciona analgesia rápida e profunda
e relaxamento muscular. É uma anestesia dissociativa segura, de efeitos
secundários reduzidos. Recomendamos a administração na dose prescrita por via
E.V.(1ml para cada 10 kg de peso), devido aos efeitos mais rápidos (ganho de
tempo)e pelas doses menores, quando comparadas à aplicação I.M.. Os riscos de
uma anestesia feita com cuidado e com drogas modernas caem praticamente a zero.
(Fonte)
O que esperar de uma radiografia perfeita: Radiografia perfeita: ao se realizar uma radiografia
das articulações coxofemorais para o diagnóstico da displasia, faz-se
necessária, preferencialmente, a anestesia geral, podendo ser de curta duração,
de tal forma que o paciente esteja livre de qualquer reação, com o objetivo de
se obter um posicionamento correto. O animal é então colocado em decúbito dorsa,
com os membros posteriores estendidos caudalmente, de igual comprimento,
paralelos entre si e em relação à coluna vertebral, rotacionados mediante,de
tal forma que as patelas se sobreponham aos sulcos trocleares.
A pelve deve estar paralela à
superfície da mesa, ou seja, sem inclinação. Para uma radiografia de
posicionamento adequado é de grande valia uma calha, utilizada para deitar o
animal no seu interior, com a pelve fora da mesma. Portanto ela é um acessório
muito importante para este tipo de exame. Os membros torácicos são estendidos
cranialmente, tornando-se o cuidado de não haver inclinação do tórax do animal.
Nestas circunstâncias a imagem radiográfica deverá nos mostrar o seguinte
. ílios simétricos- canal pélvico ovalado, de
contornos simétricos, quando dividido sagitalmente
·
forâmens obturadores simétricos -
fêmures paralelos entre si e com a coluna vertebral
·
patelas sobrepostas aos sulcos
trocleares
A imagem radiográfica deve
permitir a visualização de toda a pelve, assim como das articulações
fêmoro-tíbio-patelares,para que se possa avaliar a simetria dos ílios e os
posicionamentos das patelas. Se estas não tiverem sobrepostas aos sulcos
trocleares, conclui-se que os posteriores foram rotacionados insuficiente ou
excessivamente. Normalmente é insuficiente, ou seja, a patela tende a se
sobrepor mais ao côndilo lateral do fêmur do que ao sulco propriamente dito.No
posicionamento apropriado das patelas, alcançados através da rotação mediana
dos membros, exerce-se uma força sobre as cabeças femorais, levando as
articulações displásicas à subluxação, enquanto que o animal normal não correrá
o mesmo. Normalmente é esta subluxação a primeira alteração radiográfica e em
princípio a mais importante.Através dela é que se determina o grau no índice de
Norbeg. As demais alterações irão se desenvolver como conseqüência da
subluxação, como por exemplo a artrose, por isso denominada de artrose
secundária.Uma radiografia de qualidade deverá ser bem contrastada,
observando-se de forma bem detalhada o bordo acetabular dorsal e a estrutura
trabecular da cabeça e colo femorais. Alcançam-se estes objetivos utilizado-se
bons equipamentos de raios X, é crans e filmes de boa procedência, revelação
por processamento automático sempre que possível e uma câmara escura que
realmente seja escura, provida de uma lâmpada de segurança que realmente seja
de segurança. Sob a superfície da mesa radiográfica, no Bucky, faz-se presente
a grade anti-difusora, com a função de absorver a maior parte da radiação
secundária. Esta, quando ausente, produz imagens sem contraste, isto é, de
aspecto enfumaçado.
Radiografia inadequada:
é aquela sem posicionamento apropriado, caracterizada principalmente pela
assimetria dos ílios, au-sência de paralelismo entre os fêmures, principalmente
por abdução dos membros, patelas não sobrepostas aos sulcos trocleares e
aquelas sem padrão de imagem, por estarem sub ou super expostas (claras ou
escuras, respectivamente), prejudicando o contraste, tremidas, manchadas, mal
reveladas, etc., bem como aquelas sem dados de identificação do paciente na
emulsão(antes da revelação)do filme.
(Fonte)
Diagnóstico: é realizado através do índice de Norberg. Baseia-se na
determinação dos centros das cabeças femorais e da união dos mesmos por
intermédio de uma linha, que nos possibilitará traçar, a partir de um dos
centros uma segunda linha, que tangenciará o bordo acetabular crânio lateral.
As duas linhas formam entre si um ângulo, chamado ângulo de Norberg. Este é
apenas um dos elementos necessários para o diagnóstico da displasia. Outros
fatores devem ser levados em consideração, tais como o posicionamento do centro
da cabeça femoral em relação ao bordo acetabular dorsal, o aspecto da linha
articular, a presença de alterações articulares degenerativas (artrose
secundária) e a conformação dos bordos acetabulares, principalmente do crânio
lateral. Segundo Norberg o menor ângulo compatível com a normalidade é 105º ,
porém pode haver uma articulação com 105º ou mais e ser classificada como
próxima do normal (B) ou levemente displásica (C), Bastando para isto a
presença de osteófito no bordo acetabular crânio lateral, adulterando o ângulo
ou quando menos de 50 % da cabeça femoral estiver inserida dentro da cavidade
acetabular. Os autores tem preconizado pelo menos 50 %. É de fundamental
importância entender, que em princípio, quanto maior o ângulo de Norberg, maior
será a congruência articular. Em outras palavras, maior será o contato entre
cabeça femoral e cavidade acetabular ou maior será a intimidade entre elas ou
maior ser'ao encaixe da cabeça femoral. A partir deste momento, quanto menor a
congruência articular, menor será o ângulo e mais evidente será a subluxação,
podendo atingir até a luxação.
(Fonte)
Controle da
displasia: todos os
animais utilizados na reprodução devem passar por uma seleção radiográfica.
Como condição mínima necessária, pelo menos os pais dos reprodutores devem ser
insetos de displasia, não sendo preciso ressaltar que quanto mais longe formos
no controle dos ascendentes, melhor será.Os animais aprovados para a reprodução
também o deverão ser quanto a prova dos descendentes. Não basta apresentar
articulações coxofemorais normais, pois os animais nestas condições podem
transmitir a má formação aos seus descendentes . É importante esclarecer que as
radiografias só avaliam os aspectos fenotípicos (alteração radiográficas) e não
o genótipo. Freqüentemente animais sem sinais de displasia são portadores dos
respectivos gens. É preciso deixar muito claro que todos os animais, com
exceção dos de categoria A, sem sinais de displasia coxofemoral(HD -),do alemão
Hüftgelenk Dysplasie e inglês Hip Dysplasia,apresentam displasia, em menor ou
maior grau. Atualmente no Brasil, para fins de reprodução, é permitido o
acasalamento dos cães pertencentes às três primeiras categorias, ou seja, A(HD
-), B(HD +/-)e C(HD +), enquanto que alguns países, como por exemplo a
Alemanha, só são autorizados para o mesmo fim as classificações A e B.
Sugere-se, caso a fêmea seja C (displasia coxofemoral leve: HD +), que ela deva
ter excelentes características do padrão da raça, como conformação,
temperamento,etc.. Estas virtudes devem superar as deficiências das
articulações. Esta mesma fêmea deveria acasalar com um macho A, sem sinais de
displasia coxofemoral (HD -). As recomendações para as fêmeas não devem ser
aplicadas aos machos, já que os mesmos transmitirão a displasia para um número
muito maior de filhotes. Animais levemente displásicos tendem transmitir
displasias discretas. É importante ressaltar que os critérios de acasalamento
devem levar em consideração o tamanho do plantel e a conformação das
articulações. Se a população de animais em uma determinada raça é muito grande
e controle e o controle da displasia é feito rotineiramente há muito tempo, o
critério na reprodução será mais rígido se comparado com outras raças com
número menor de exemplares e com o controle radiográfico mais incipiente. Caso
contrário limitaríamos tanto os acasalamentos que poderiam não haver mais
animais aptos para este fim. Muitos proprietários questionam diagnóstico
radiográfico, quando o resultado é de displasia moderada ou severa e quando os
cães correspondentes praticam exercícios diários intensos sem manifestar
qualquer sintoma. Isto é perfeitamente possível, pois sabemos que muitas vezes
não há correlação entre as lesões radiográficas e os sinais clínicos.
(Fonte)
A prevenção
Proprietários de animais com propensão para desenvolver a
displasia coxofemoral podem tomar algumas providências para impedir (ou
atenuar) o desenvolvimento da doença. Entre elas, vale destacar as seguintes:
evitar a instalação de pisos derrapantes nos locais em que os cães se locomovem;
adotar uma rotina de exercícios físicos leves, que estimulem o desenvolvimento muscular e ósseo dos filhotes. O limite é determinado pela visualização do cansaço excessivo dos cães – e cada cão tem o seu próprio ritmo;
sempre que possível, adotar os exercícios aquáticos, de menor impacto e, portanto, sem grande prejuízo às articulações (isto não é adequado para cães braquicefálicos – de cara achatada –, como o boxer, por exemplo);
estar atento à dieta alimentar dos pets, para evitar sobrepeso e obesidade, fatores que estimulam o desenvolvimento da displasia coxofemoral mesmo em cães não geneticamente predispostos a desenvolver a doença.
(Fonte)
TRATAMENTOS
Acupuntura
A acupuntura (ACP) funciona porque existe uma relação
física entre pontos de acupuntura e os nervos periféricos. É bem conhecido, no
entanto, que um grande número de neurorreceptores, terminações nervosas que
transmitem informações, tais como dor, calor ou pressão, fecham a maioria dos
pontos de ACP. Além disso a maioria dos pontos de acupuntura tem um
relacionamento físico com os nervos periféricos. Por exemplo, os pontos de
acupuntura estão, muitas vezes, localizados onde os nervos penetram: músculos
principais, ossos, tendões ou vasos sanguíneos.
Colocada corretamente, a agulha de acupuntura vai comunicar-se
diretamente com os receptores neuro específicos que, por sua vez, enviarão
mensagens específicas através do sistema nervoso autônomo. Sabendo quais são os
pontos de acupuntura e em que nível podem atuar com efeito benéfico, os
resultados podem ser representados por inibição da dor, aumento do débito
cardíaco, supressão da tosse, estimulação da cicatrização óssea… Após o tratamento, podem
ser registradas alterações, tais como paz, relaxamento, melhora do sono e
aumento da sociabilidade. Acupuntura é excelente no controle da dor e no
retardamento da evolução da doença. Ela inibe a transmissão nociceptiva,
melhora o fluxo sanguíneo, inibe a inflamação, reduz a tensão muscular e
espasmo, redefine os mecanismos proprioceptivos e a postura estrutural. O
mecanismo de analgesia pela acupuntura tem sido explorado desde 1970.
No ato da aplicação das agulhas, que permanecem por até
15 minutos em pontos específicos e predeterminados pelo médico-veterinário,
ocorre liberação de substâncias como serotoninas, endorfinas e opioides, que
contribuem para analgesia e relaxamento. Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC),
pontos de acupuntura são terminações nervosas ligadas aos meridianos, que são
canais de energia. A frequência do tratamento varia de uma a duas vezes por
semana e o mínimo de 10 sessões são indicadas.
A Vet Terapias tem tido excelentes resultados na
reabilitação de animais com displasia coxofemoral que optaram pelo tratamento
não cirúrgico e há anos tratam com acupuntura e fisioterapia. Claro que cada
caso é um caso e, às vezes, é necessário um tratamento cirúrgico!
Fisioterapia: é indicada como preventivo, no caso de animais que
foram diagnosticados precocemente e como tratamento para situações mais
crônicas. O diagnóstico mais usual é feito através de raio-x.
As terapias com calor: são excelentes, pois causam vasodilatação dos tecidos,
levando à analgesia. As duas modalidades da fisioterapia mais indicadas são a
cinesioterapia e a hidroterapia. A cinesioterapia é a ciência que abrange o
tratamento dos sistemas neuromusculoesquelético e circulatório por meio do
movimento ou do exercício. São exercícios leves, feitos no solo, usualmente com
o auxílio de bolas, que contribuem na restauração e na manutenção da
resistência ou força muscular, além da melhora da mobilidade articular,
flexibilidade muscular e coordenação.
Fonte
hidroterapia pode ser feita natação ou
hidroesteira,:que sāo exercícios de baixo
impacto que devem ser feitos durante toda a vida do animal no mímino 2
vezes na semana, com o objetivo de aumentar a amplitude de movimento, diminuir
a inflamação articular, fortalecer a musculatura e, em alguns casos, combater a
obesidade. A massagem também é indicada para a melhora da contratura muscular,
relaxamento e controle da dor.
Tratamentos cirúrgicos
Existem várias formas de cirurgia que são utilizadas para o
tratamento de displasia coxofemoral em cães. Seu veterinário irá fazer
recomendações com base na idade e condição de seu animal. Em caso de
cirurgia a técnica mais usada é a artroplastia excisional de cabeça e colo
femoral, a conhecida colocefalectomia e atualmente surgiram técnicas mais
modernas como a colocação de prótese total de cabeça e colo femoral e acetábulo
além da cirurgia de sinfisiodese púbica juvenil, para cães jovens de até no
máximo 6 meses de idade.
A cirurgia juvenil (JPS ) – é realizada em cães mais novos de seis meses de idade.
A idade ideal para JPS é de 4 meses. A cirurgia envolve a fusão de parte da
pélvis para melhorar a estabilidade da articulação do quadril. Filhotes devem
ser castrados no momento da JPS para evitar procriação antiética. A JPS é muito
menos invasiva e dispendiosa de que a cirurgia de osteotomia pélvica tripla.
Osteotomia pélvica tripla ou tripla osteotomia pélvica – é uma reconstrução de estabilização da
articulação do quadril. É geralmente realizada em cães jovens (com menos de um
ano de idade ), com fraca cobertura da cabeça femoral. Ela ajuda a conter a
subluxação e lassidão que levam à artrite severa. Se houver sinais precoces da
doença articular degenerativa (DAD) do quadril, é discutível se a osteotomia
pélvica tripla é uma boa opção. A osteotomia pélvica tripla é
geralmente reservada para cães com subluxação, mas por outro lado com bons
quadris. Quando são necessárias cirurgias bilaterais, a maioria dos cirurgiões
solicitará de um a dois meses de intervalo entre as intervenções cirúrgicas.
Ostectomia da cabeça femoral – substituição de quadril – é uma cirurgia tipo
“resgate” feita geralmente em cães maduros que não estão respondendo bem à
terapia de manutenção e que sofrem de osteoartrite grave. A maioria dos cães
terá recomendação para este tipo de cirurgia, que tem a função de aliviar a dor
do quadril após o período de recuperação. Esta cirurgia envolve a remoção da
cabeça do fêmur, e sutura da cápsula articular. Recomenda-se que o animal
esteja com um peso adequado antes da cirurgia, não é recomendada para cães com
excesso de peso. A terapia física irá ser necessária após a operação. A
recomendação desta cirurgia é principalmente para raças de pequeno e médio
porte que irão se dar muito bem após a cirurgia. Os cães maiores tem um
resultado mais imprevisível, mas geralmente suas vidas também tornam-sem ais
confortáveis.
Substituição total do quadril – Artoplasia Coxofelural Total (ACT) – consiste em substituir a articulação coxofemoral
por uma cúpula acetabular e por um componente femoral com cabeça, colo e
haste femoral. Este procedimento é considerado como a melhor opção
cirúrgica (95% de sucesso) em cães de raças gigantes clinicamente afetados
e com osteoartrite avançada.
Em essência, o implante de THR (Total hip replacement) fornece ao cão um quadril artificial que mesmo que
não traga a estrutura anatômica normal, a ACT restabelece os mecanismos
articulares e preserva a função do membro sem dor.
Artroplastia de quadril – é realizada quando a cirurgia de substituição do
quadril tem custo proibitivo. Nesta cirurgia a esfera de articulação do quadril
é retirada deixando os músculos atuarem como juntas. Esta cirurgia funciona
melhor para cães com peso inferior a 44 kg, e para cães com boa musculatura do
quadril.
Como com qualquer procedimento cirúrgico, as complicações
podem surgir envolvendo algum grau de risco. Estes podem incluir infecções,
luxações, fraturas do fêmur, o afrouxamento dos implantes e danos nos nervos.
No entanto, em geral, estas complicações ocorrem em um baixo percentual dos
casos.
Confira a seguir a classificação
de displasia coxofemoral para animais reprodutores:
Classificação da Displasia Coxofemoral |
||
Classificação
|
Grau e Descrição
|
Reprodução
|
HD-
|
Sem sinais de displasia coxofemoral
|
Apto à reprodução
|
HD+/-
|
Articulações coxofemorais próximas do normal
|
Apto à reprodução
|
HD+
|
Displasia coxofemoral de grau leve
|
Ainda permitido
|
HD++
|
Displasia coxofemoral de grau moderado
|
Não apto à reprodução
|
HD+++
|
Displasia coxofemoral de grau severo
|
Não apto à reprodução
|
Bom pessoal isso é tudo como se
diz, espero ter ajudado, aprendi muito, foi um assunto extenso cheio de nomenclaturas
e explicações complexas, preferi não interferir muito pois para cometer erros
em assuntos que somos leigos basta querer acrescentar um A como se diz.
Quero deixar um aviso ou melhor
um pedido, se você não possui um cão e está pretendendo comprar ou adotar
estude sobre a raça seu comportamento e doenças mais comuns que os acometem,
pois ter um animal é lindo mas também requer responsabilidade, você terá gastos
regulares com alimentação, vacinas, vermífugos,... mas também pode ocorrer a necessidade
de gastos maiores que podem ser permanentes, pense bem se seu orçamento pode
arcar com isso, fora que a atenção, amor, carinho e disponibilidade para lidar
com um cão com problemas de saúde não podem ser medidos, a pergunta é : Você
esta disposta a se doar para lidar com os problemas de saúde que seu cão pode
desenvolver ?. Pense bem na resposta, pois não abandone seu cão quando ele
precisar de você, você o quis quando estava saudável então tem obrigação moral
de lhe dar uma vida digna e confortável no momento de dificuldade. Como eu
sempre digo informação é poder e só custa um pouco do seu tempo/paciência. Fica
a dica da Fê mesmo com dificuldade seu cão continua sendo seu melhor amigo e se
esforça para te ver feliz, faça o mesmo por ele.
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